sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Segredo

Aquela madrugada não esqueço
Em que sentado estava em minha cama
Sua ausência a corroer a dar o preço
De um pobre coração entregue à chama.

Não pude contentar-me com tão pouco
Meu corpo reclamava, a queria
Fervia em alta chama feito louco
Em meio àquela madrugada fria.

Seus beijos desejava oh! menina
Despi-la com virtude em seu leito
Matar este desejo que alucina
Refugiar-me em seu grandioso peito.

Me pus a caminhar em meio à rua
Não quis mais aceitar a sua ausência
As luzes refletiam com a lua
O gozo de uma nobre imprudência.

Chegando então em sua escura casa
Eu vi os seus cabelos reluzentes
Subimos descalçado’ a escada rasa
A fim de não acordar os seus parentes.

Entramos em seu quarto à luz de velas
À meia-luz daquela madrugada
Seu corpo fulgurava em aquarelas
Pereço de amor ó minha amada!

Aquela noite foi inesquecível
Em chama sua cama me amava
Venero-te ó minha musa intangível
De seu eterno amor eu não cansava.

Em todo seu amor eu vi encanto
A todos os momentos fui atento
Que mesmo sendo o menor momento
Guardei-o com carinho sempre e tanto.

Em teu sorrir eu vi seu pensamento
Deixei de derramar aquele pranto
Louvei a nossa historia com meu canto
Meu coração é só contentamento.

Te peço não esqueça ó amada
Aquele amor que eu guardei um dia
Tão bem guardado que achei que nada
Tirá-lo do meu coração podia.

Você me libertou deste deserto
Que frio estava, agora é só chama
Livrou-me e me trouxe para perto
De seu amor que meu coração ama.

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