Livros no chão,
Retrato de um poeta esquecido
Que embora lutara para viver,
Na memória de muitos não existiu.
Lembranças manchadas,
Que com o tempo aniquilam-se
E voltam após algum tempo
Como parte de um passado vazio.
Gotas solitárias,
Que explodem ao cair no chão
E que não fazem diferença alguma
Por serem apenas gotas.
Pequeno esquecimento
Algo inferior e sutil
Que não mata por onde passa
E sabe que não está sendo notado.
Pequena individualidade
Mero descaso, pura ignorância
Dura realidade, vaga lembrança
Um isolamento e nenhuma esperança.
Ficar imaginando, se pode se imaginar
O escuro da matéria
O toque no vagar
O deserto do nunca
O nunca do estar.
O grito ecoado
Para o nada viajou
Desde sempre foi embora
E nunca mais voltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário