sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Escuridão, frio e desequilíbrio

Livros no chão,
Retrato de um poeta esquecido
Que embora lutara para viver,
Na memória de muitos não existiu.

Lembranças manchadas,
Que com o tempo aniquilam-se
E voltam após algum tempo
Como parte de um passado vazio.

Gotas solitárias,
Que explodem ao cair no chão
E que não fazem diferença alguma
Por serem apenas gotas.

Pequeno esquecimento
Algo inferior e sutil
Que não mata por onde passa
E sabe que não está sendo notado.

Pequena individualidade
Mero descaso, pura ignorância
Dura realidade, vaga lembrança
Um isolamento e nenhuma esperança.

Ficar imaginando, se pode se imaginar
O escuro da matéria
O toque no vagar
O deserto do nunca
O nunca do estar.

O grito ecoado
Para o nada viajou
Desde sempre foi embora
E nunca mais voltou.

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