sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Amor,
Quis mostrar-lhe o mais alto monte
E o além dos seus limites
Com ardor
Desejei erguer um castelo forte
De todas as forças e instantes
Bradei
Diante do perigo demonstrei bravura
Só pra ter um sorriso interjectivo de estupefatez
De ti ó dama linda
Repleta de candura
Que após meus vários “eus”
Detém minh’alma ainda.

Cavei a terra
Ensandecidamente
A procura da jóia mais preciosa,
E voltei barrento, roto, com um volume mínimo na mão
Quase imperceptível, porém grandioso.
Era um coração,
Não. Não é narciso
E digo-lhe que é lindo
Pois, por mais que mergulhasse eu em introspeçções
O que mais encontrei
Eram porções exageradas de você;
Perfumadas, exalantes, misteriosas;
Que atrelavam-se em meu ser
Enraizando-se profundamente.
Gostei do coração, porque por dentro era você
E lho dei para que possas ver quão linda
É a sua imagem refletida por meus olhos.

Nenhum comentário: