A infinita beleza
Que da mulher brasileira recende
É uma beleza extrema,
Quase exagerada.
É luz que emana dos poros orgulhosos
Iluminando a calçada-passarela.
Flutua ela em seu samba puro
E encanta o que canta a cantiga no boteco,
Enquanto outro contorce o pescoço.
Pára tudo!!! Ela vai passar,
Aglomerem-se na esquina e esperem
Parvos, absortos, estupefatos e maravilhados
Com a beleza atrevida desta menina-moça,
Venenosa,
Ela sabe de sua beleza
Por isso esbanja
Seguindo no passeio
Absoluta, majestosa.
Seus súditos honram-na com assobios e gracejos,
Imponente desfila ereta e resoluta
Sumindo na paisagem
Até que tudo volte a sua opacidade
Corriqueira.
Vai iluminando outro lugar
Contamina todos com sua beleza
De Teresa, duquesa, princesa,
Beleza mágica de Fátima
Singela de Gabriela,
Seja ela flor, mulher, poesia e pecado
A beleza do erro
Que prova a inferioridade do homem
E destaca o encanto da linda donzela.
Lá vai ela, na passarela
De chinela amarela,
Nua, na rua cheia de lua,
Daniela,
Não importa a Graça, Graziela
Todas são “ela”
Todas são “Eva”
Cabe a nós, homens, somente nos deixar levar,
Amá-las visceralmente;
Delas saímos e para elas voltamos
Como o pó que nos formou.
Amor inevitável
Por vocês Femininas
Que viram as nossas cabeças
E tomam as nossas costelas.
Somos teus ó mulheres,
Ó mulheres brasileiras.
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