sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Orgasmo

É a dor ditosa que se aproxima
O fim por meios não justificados
Botões sem casa; corpos, mil pecados
Rubor nas faces, alma alucina.

Tempo não passa, pensamento ofega
Tudo pode sumir neste momento
Não há terra, nem pai, nem firmamento
Que possa impedir a tal entrega.

Chegando o momento esperado
Explode em cascata o monumento
Morre e vive agora o tal pecado

Lânguido e cheio de marasmo
Como dizia Carlos Drummond de Andrade
No céu o paraíso é puro orgasmo.

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