A mão que esbofeteia e acaricia
Que toca e vibra as células sublimes
É a mesma que sustenta os pulsos firmes
Culpada pelo tato e poesia.
Pois digo e replico: - Ela é culpada
Por tanta alegria e sofrimento
Por transformar em lei cada momento
Bradando e protestando, à voz calada.
Sem ti eu só seria meio homem
Pois quem traduziria os pensamentos?
Que não caligrafados logo fogem
Que se passam e diluem os sentimentos
Ó mãos! Console’ agora minha alma
Esmurre-a ou louve-a com seus cantos.
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